CONCÍLIO DE DEVER E LAZER

Concílio de dever e lazer

Olá, meus amigos. Tudo bem? Vamos falar de um tema bem interessante neste “capítulo”. Vou falar do meu perfil profissional, que é um pouco diferente. Vou compartilhar aqui com vocês. 

Atualmente, tenho um trabalho na área de tecnologia de uma grande empresa de comunicação. Mas, fora da CLT, tenho meu lado autônomo, com produção de conteúdo musical, seja em eventos ou em fonogramas. E nessas horas, temos que cuidar para o tempo de lazer não ir se transformando cada vez mais em dever. Hoje, se pudesse optar entre uma das ocupações profissionais, optaria pela autonomia. Só que, dentro da CLT, eu trabalho com uma área complementar à área autônoma. E qual seria o motivo de não desacelerar na área autônoma? Justamente para estar em atividade e sendo visto pelos clientes, como diz o jargão popular: “quem não é visto, não é lembrado”. Mas e a área pessoal? Sou pai de família, casado, preciso também descansar... E é aí que mora o segredo: dá para conciliar tudo, se você conseguir organizar tudo.

Obviamente, no meu lugar, você não disporia da mesma carga horária autônoma estando em uma carga horária celetista. E realmente está certo. Conversando com minha chefia na empresa que eu trabalho sobre minha área autônoma, disse que eu não estava em dupla jornada de trabalho para ser bem-sucedido financeiramente. Faço por uma satisfação profissional, pois uma área (tecnologia) está diretamente, nos dias de hoje, ligada e colaborativa com a outra (música). Atualmente, para ter um tempo de lazer, precisei ser mais seletivo nos aceites, tanto na CLT quanto na música. Assim, consigo canalizar e gerenciar melhor o trabalho para que, de maneira organizada, eu encontre uma solução para ter o meu tempo livre. Li muito sobre Gerenciamento de Projetos, tanto que levei este tema para minha pós-graduação na área musical, e isso me ajudou muito. O que mais me ajudou na seleção da empresa ideal para se trabalhar e em quais trabalhos musicais devo dar o aceite foi pensar e organizar de modo corporativo. 

Esta produção musical será facilmente gerenciável, ou poderei ter problemas com meu cliente a ponto de comprometer meu lado pessoal, seja em custo, tempo de trabalho e/ou qualidade da entrega? Consigo conciliar meu trabalho autônomo se eu assinar um contrato CLT com esta empresa? As áreas tangenciam a ponto de, em desenvolvimento profissional, uma complementar a outra? Dentro dos projetos já envolvidos, se eu assumir mais um, darei conta de entregar em um deadline previamente acordado? Consigo, na CLT, evoluir mesmo possuindo uma segunda jornada autônoma? Esta produção musical me agregaria somente valor financeiro? 

Bom, estas são algumas perguntas que, analisando um pouco melhor, ajudam a entender como certas decisões ajudam a nortear para uma dupla jornada de trabalho com tempo e leveza, quiçá ser mais leve do que uma única jornada estressante de trabalho. Entendo que, dependendo da posição socioeconômica de uma pessoa, algumas decisões não possuem alternativas. Mas, se tal decisão gerar desconforto ou estresse, que esta mesma pessoa possa se organizar em, a longo prazo, passar por esta fase com ânimo, mapeando e revertendo o quadro de desconforto dia após dia. 

Com isso, sobra tempo para aproveitar a família, passear com amigos e cuidar um pouco de mim. E é importante aproveitar os momentos de lazer, pois são recompensa de uma vida profissional organizada. Um grande abraço, meus amigos! E até o próximo “capítulo”!

Fábio Cirino 

Casado, pai de 2 meninas, tecladista há 30 anos, saxofonista há 24 anos e produtor musical há 20 anos (tendo sido um dos produtores musicais da JMJ 2013). Graduado em Tecnologia da Informação e pós graduado em Trilha Sonora. Está no cenário de evangelização católica há 18 anos com eventos realizados e vários fonogramas produzidos em nível nacional.

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