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    Olá, amigos. Como estão? De maneira especial, este texto vai para os músicos atuantes em missas, onde sempre possuem dificuldades de investimento por parte dos seus padres. Vamos conversar?

    De uns tempos para cá, tenho visto cada vez mais uma massa de músicos com o argumento do pároco ter que investir no som para uma melhor atuação ministerial. De fato, concordo quanto ao nível precário de sonorização de algumas igrejas. Mas será que temos como exigir profissionalismo de um contexto de origem voluntária, amadora?

    Quando eu era mais atuante nas missas, por ser uma pastoral, o ministério de música buscava sempre melhorias por conta própria, sempre dando respaldo ao padre de seus passos. E o padre, vendo nosso esforço, sempre nos apoiava. Ou seja, éramos uma pastoral que buscava melhorias, independente do investimento do pároco: passávamos rifas para melhorar o som, investíamos em músicas novas para estudo dos músicos e, consequentemente, evolução técnica (estamos falando dos anos 90, onde não tínhamos tanto conteúdo para melhorias técnicas na internet), buscávamos ajuda dos técnicos das paróquias para manutenção do som, entre outros. Hoje, temos um cenário onde o músico coloca o investimento do padre como a garantia de um sucesso para aquele ministério. Será que este é o caminho? Tal exigência, de cunho até profissional, pode ser exigido em um serviço ministerial?

    Sei que os músicos vão me martirizar depois deste texto (rs), mas temos que pensar que uma pastoral é um local onde vários estão reunidos para crescer e conviver em prol de um fim. E isso requer proatividade e se fazer parte de um processo evolutivo. Se o músico só vai para servir, sem estar aberto a evolução ou regras de convívio pastoral, o lugar passa a não ser dele. O que vemos, muitas das vezes, são músicos servindo, até prontos tecnicamente, servindo na missa, sendo em sua grande maioria um local servido por PASTORAL, com a exigência de uma evolução profissional no que tange a estrutura fornecida. Bom, em regra, acho que a relação entre o ministro de música e o padre se dá pela visão que o padre tem por cada um ali: se ele vê que o ministério é proativo em querer andar por si, sem muitos problemas relacionais e/ou técnicos que, com sua execução, possam manter a vida útil de um sistema caro de som, em regras gerais, existirá ânimo para um incentivo ou investimento naquela área. Se você, por exemplo, é um piloto de F1 e o padre te enxergar como um motorista que acabou de tirar carteira, ele jamais te dará uma Ferrari. 

    Sugiro, portanto, a reflexão de sairmos da nossa zona de conforto e mostrarmos, ou convencermos, de que possamos ter o investimento para crescer naquela pastoral. Não adianta o músico exigir tal investimento, estando com algumas lacunas ainda a serem preenchidas para este upgrade, ou achando que todas as lacunas já foram preenchidas e o músico segue apenas por apego ao serviço ou comodidade, segundo a ótica do pároco. Afinal, ele quem cuida de suas ovelhas e as conhece, sabendo se são merecedoras ou não. Falando assim, parece que um som adequado não seria um requisito mínimo de uma paróquia. Mas de que adianta investir se não tem pessoas que saibam operar, ou que não sabem tocar adequadamente para que o som funcione adequadamente, mesmo sendo um som novo? 

    Convencer seu pároco com mais ações e menos palavras e pedidos é o caminho. Mostra maturidade pastoral. Serviço ministerial é, sobretudo, um lugar para os que precisam crescer. Vai a dica de quem já passou esta experiência. E, se o padre é mais difícil de ser convencido, só mostra uma dificuldade maior neste convencimento. Também passei por padres difíceis de investir, mas todos investiram enquanto estive como ministro de música.

    Vamos lá! Vamos arregaçar as mangas e estudar música, estudar liturgia, orar, ser proativo e saber se relacionar com os irmãos de pastoral. Uma hora, o esforço valerá a pena.

    Fábio Cirino 
    Casado, pai de 2 meninas, tecladista há 30 anos, saxofonista há 24 anos e produtor musical há 20 anos (tendo sido um dos produtores musicais da JMJ 2013). Graduado em Tecnologia da Informação e pós graduado em Trilha Sonora. Está no cenário de evangelização católica há 18 anos com eventos realizados e vários fonogramas produzidos em nível nacional.

    contato@fabiocirino.com.br

     
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