MÚSICA E CORAÇÃO

MÚSICA E CORAÇÃO

Miguel Angelo | Papo com o Músico

Olá, amigos. Que alegria poder estar aqui neste espaço que pretende ser o nosso cantinho especial voltado para os músicos. A cada mês, vamos bater um papo trocando ideias e experiências relacionadas à Música, Fé e Vida. E certamente VOCÊ, querido leitor, terá uma participação fundamental. Aos poucos vamos construir esta história juntos, pela Graça de Deus. Convite aceito? 

Bom, quero começar me apresentando. Meu nome é Miguel Ângelo, tenho 48 anos de idade, sendo nascido e criado em um lar católico junto à minha mãe, Maria Zilma, e meu pai, Francisco de Sales (in memorian), além de minhas irmãs, Maria das Graças e Ana Lúcia. Aliás, meu nome é uma homenagem ao Arcanjo São Miguel, por quem tenho profunda devoção. Católicos praticantes, sempre fomos membros ativos nas paróquias por onde passamos atuando em diversas pastorais e movimentos, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro. 

De forma especial, aos 10 anos de idade, conheci o Apostolado da Oração e sua profunda devoção e espiritualidade voltada ao Sagrado Coração de Jesus. Esta experiência marcou profundamente minha vida, até que, aos 15 anos de idade, ganhei um violão de presente de aniversário e nunca mais parei de servir com a música na Igreja de Cristo. Ao ritmo do Coração Santo. E, em seu compasso, caindo e levantando. Mas seguindo. Sempre. Nunca parando. No sobe e desce de cada dia. Real. Como uma boa música.

Biblicamente, o símbolo do coração aponta para o mistério da intimidade profunda. Um dar-se de dentro para fora que nos toca a alma pela raiz. É assim que este Coração Santo não desiste de mim. De nós. Ensinando-me a mim e a você. A caminhar contigo com e como Povo de Deus, espaço privilegiado do aprendizado para uma fé viva e encarnada. Por vezes, em canções. Que, apontando para o Mestre, apontam também para o Seu Sagrado Coração, Fonte de tudo. Inclusive de cada música. E de cada músico. 

Você deve estar se perguntando o porquê desse papo num espaço voltado para músicos. Mas sou eu quem pergunto, na verdade: o porquê não?

Se a música que toca vidas passa antes pelo coração? Se o músico antes de tudo é expressão de intimidade? Não só com a técnica mas com a vida? E com Deus? Se música e músicos, transbordando profundidade, testemunham com sua arte que ser humano, afinal, é mais do que aqui e agora? É transcendência.

Neste mês de Junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, saibamos todos, portanto, ouvir Dele Aquelas palavras capazes de aliviar fardos pesados, traduzindo-as em arte musical. Nunca foi tão urgente e necessário este ofício.