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  • NOSTALGIA MUSICAL: DESPERTANDO LEMBRANÇAS E EMOÇÕES

    Olá, pessoal. Tudo bem? Sem mais delongas, pois estou empolgado com o tema, gostaria de falar de algo que serve de recurso para nós, músicos, quando precisamos despertar certo sentimento em alguém durante nossa execução musical. Gostaria de compartilhar uma história e, em seguida, uma conclusão junto ao tema.

    No final de Julho deste ano, levei minha família para um lugar que fazia muito tempo que eu não visitava. Quando pequeno, passava algumas das minhas férias lá e, da última vez que fui, não havia curtido tanto por conta da correria que havia sido. Como já coloquei aqui, perdi meus pais na pandemia para a COVID-19, e fui visitar meus familiares na cidade natal da minha mãe depois desta fatalidade.

    Aproveitei as férias escolares e, também de férias, peguei estrada para Minas Gerais. Lá, fui muito bem recepcionado pelo meu tio. Desterro do Melo é uma cidade pequena, pacata, muito inspiradora e com muita história para contar. Desta vez, fiquei hospedado na casa da minha falecida avó, e relembrei vários momentos da minha infância. E, com a casa já reformada, acabou sendo uma surpresa em saber que o patrimônio deixado estava sendo muito bem cuidado pelo meu tio.

    Também me surpreendeu a playlist durante o churrasco feito: músicas que contemplavam ainda mais a paisagem, e músicas que me fizeram uma lembrança maravilhosa da época em que visitava a cidade com mais frequência. Além destas, tinham músicas que eu lembrava muito vagamente, mas que me fizeram um bem em ter ouvido, pois parece que você resgata referências da sua vida de um baú e coloca para apreciação algo que você ouviu em algum momento da sua vida, mas nem lembrava que existia. E aí, vem a nostalgia daquela época vivida. Esta experiência musical, que meu tio sequer imaginaria que eu iria ter, me fez consolidar muitas coisas do meu pensamento. Em análise, sempre falei que a nostalgia era uma aposta praticamente ganha. Mas, em experiência, foi muito forte nesta viagem.

    Voltando para casa, gravei um vídeo rápido no Instagram, utilizando uma música de um primo que não cheguei a conhecer e que se tornou famoso em todo o Brasil: Jessé, com a música Porto Solidão. Este Reel foi o mais assistido em tampouco tempo. E, diferente de alguns conteúdos que produzi na internet, este, além de ser nostálgico para mim, me fez receber views, comentários, compartilhamentos e, para a minha surpresa, inúmeras ligações agradecendo a proposta, pois as pessoas que assistiram também voltaram no tempo comigo. Prometi em pensamento que eu deveria produzir mais conteúdos assim, pois vi que fez bem aos que viram, além de ter viralizado muito rapidamente.

    A conclusão que eu chego é que a nostalgia pode ser uma porta aberta, um facilitador para o trabalho do músico, ou ainda, uma direção para uma experiência mais rápida e mais intensa para o ouvinte. Nas missas mesmo, eu sempre gostava das músicas mais antigas, e o motivo é este. Não só a escolha da música em si, mas escolher músicas que possuem, por exemplo, características melódicas que lembram uma época já vivida, ou algum riff ou comentário de um arranjo mencionado e respeitado por existir na música escolhida, que atravessa gerações, pode ser um start para uma experiência de quem ouve. A música por si só já é algo incrível, mas quando faz a função de revirar o nosso baú de recordações e trazer ótimas lembranças de um período feliz da nossa vida, a emoção sempre vem à tona.

    Gostaram do tema? Simples e eficaz. Que possamos utilizar mais este recurso tão valioso para nossas vidas musicais. Um abraço e até a próxima!

    Fábio Cirino 
    Casado, pai de 2 meninas, tecladista há 30 anos, saxofonista há 24 anos e produtor musical há 20 anos (tendo sido um dos produtores musicais da JMJ 2013). Graduado em Tecnologia da Informação e pós graduado em Trilha Sonora. Está no cenário de evangelização católica há 18 anos com eventos realizados e vários fonogramas produzidos em nível nacional.

    www.fabiocirino.com.br
    contato@fabiocirino.com.br

     
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