
Olá, pessoal! Desde já, gostaria de externar a alegria que é trazer alguns textos para nossa reflexão nesta coluna. Acho que o músico católico tem muito a fazer e agregar no serviço de evangelização e, principalmente, manutenção desta. Você sabe o que é ser músico? Você sabe o que é ser um músico católico? Você já parou para pensar nesta definição? Vamos refletir.
Vou te trazer para uma ótica talvez ainda não percebida. O músico na igreja católica tem a função de ajudar todos os fiéis no contato com Deus. É muita responsabilidade, mas é isso. A música, de um modo geral, faz o fiel que escuta ter um dado sentimento e/ou sensação. Um pouco invasivos são os músicos, eu diria? Sim. O músico é invasivo. Sempre digo por aí que a grande diferença entre um músico e um cirurgião é que o músico consegue atuar em mais de uma pessoa, podendo ser uma igreja ou até um show com milhares de pessoas. E todas com um determinado sentimento e/ou sensação provocada por você, músico que está no coro da igreja ou no palco.
Sabemos que temos muito serviço voluntário com a música nas igrejas católicas, e aí eu sugiro uma inversão de ótica: você está preparado para mexer com as pessoas? Um cirurgião se especializou, você estudou para estar ali? Por se tratar de um assunto artístico, temos que pensar que muitos se desenvolvem de maneira autodidata. Mas você tem sido eficaz nesta função invasiva? Está trilhando pelo caminho certo? Considerando que o feedback dos fiéis ou comentários em terceira pessoa são mais eficazes para uma análise, o que os outros acham de você quanto a esta função?
Tecnicamente, temos ferramentas que auxiliam na função do músico. Um exemplo: um acorde dentro de um campo harmônico traz determinada sensação. Mas dependendo do voicing utilizado, temos um êxito muito maior. E esse conhecimento só é adquirido estudando. Temos, como falei, um cenário voluntário, e, por conta disso, vejo muitos músicos não muito interessados no estudo do seu instrumento, ou ainda utilizando a música como um hobbie (ou uma catarse). Bom, eu nunca vi nenhum cirurgião usar um bisturi como hobbie, justamente por conta da importância e responsabilidade que é ter o conhecimento para realizar sua função. E, também na música, uma má execução pode trazer riscos para quem ouve. E, também, temos que lembrar que o músico não pode tocar ou cantar para se sentir bem, como uma válvula de escape dos problemas do dia a dia. Outras pessoas podem estar ouvindo, e, dependendo do momento, pode ser uma má execução para quem ouve. Vendo fiéis tocados e no lugar onde o músico quer é a verdadeira sensação de “missão cumprida” para ele.
Temos que buscar o conhecimento espiritual, mas o técnico precisa ter a sua relevância, temos que buscar conhecimento musical para que nossa função seja feita da melhor forma possível. Temos que ser capazes de realizar a função do músico com excelência, como forma de gratidão ao dom que Deus nos confiou.
Uma boa missão para todos e até o próximo encontro!
Fábio CirinoCasado, pai de 2 meninas, tecladista há 30 anos, saxofonista há 24 anos e produtor musical há 20 anos (tendo sido um dos produtores musicais da JMJ 2013). Graduado em Tecnologia da Informação e pós graduado em Trilha Sonora. Está no cenário de evangelização católica há 18 anos com eventos realizados e vários fonogramas produzidos em nível nacional.
contato@fabiocirino.com.br
Fábio Cirino
Casado, pai de 2 meninas, tecladista há 30 anos, saxofonista há 24 anos e produtor musical há 20 anos (tendo sido um dos produtores musicais da JMJ 2013). Graduado em Tecnologia da Informação e pós graduado em Trilha Sonora. Está no cenário de evangelização católica há 18 anos com eventos realizados e vários fonogramas produzidos em nível nacional.
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