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  • PAPO COM O MÚSICO: VOCÊ JÁ FORMOU SEU SUCESSOR?

    Você já formou seu sucessor?

    Olá, pessoal! Seguimos na alegria de partilhar algumas ideias que possam trazer reflexão para todos nós, músicos católicos. E, dessa vez, trago uma bastante polêmica: você já formou seu sucessor? “Mas qual seria o motivo de tanta preocupação com isso? Não penso em me ‘aposentar’, mesmo tendo anos de serviço como músico nas missas e/ou eventos...”. Este é sempre o questionamento feito quando eu pergunto para alguns músicos. Bom, vou explanar um pouco da minha experiência de vida.

    Iniciei nas missas com 11 anos de idade, segui em paralelo tocando nas noites a partir dos 13 anos, juntamente com aulas de música em uma escola de música muito conhecida, já aos 14 anos. Perto dos 19 anos, iniciei na evangelização católica, já fora dos templos. Comecei a tocar com muita gente do cenário musical católico. E eu não tinha freio, queria mais... Segui com aulas de música, faculdade de tecnologia, e fui navegando em águas mais profundas. Não sabia dizer “Não”. Até que segui produzindo shows católicos pelo país, além dos fonogramas, quando estava na minha cidade. Quando veio o casamento, naturalmente a velocidade caiu. Fui dosando mais os trabalhos, para que eu pudesse dar conta de tudo, pois antes eu morava com meus pais, e, casado, vinha a responsabilidade de todos os boletos e manutenção de uma residência, além dos papos com minha esposa no jantar, pra saber se estava tudo bem. Quando chegaram as minhas filhas, a coisa mudou mais ainda, pois gêmeas, como dizem, é trabalho dobrado. Mas nesta época, eu já havia contribuído como um dos fundadores de um curso de música da minha paróquia de origem. Este curso existe até hoje, e foi formando vários músicos que foram assumindo as missas. Ou seja, consegui formar sucessores e poderia dar maior prioridade a família. E é aí onde eu quero chegar.

    Atualmente, meu ministério está sendo exercido nas missões impossíveis: bandas base de eventos, por exemplo. Mas não exerço em missas com locais e dias fixos. Alguns motivos eu posso comentar, inclusive um deles está no texto anterior, mas o principal seria “prioridade”. Não é vergonha nenhuma dizer isso, pois Deus confiou uma missão que precisa de maior prioridade: a família. Conhecida também como “a base da sociedade”. Hoje, vejo muitas pessoas se mantendo em ministérios de música pelo gostar de estar ali (eu também gosto, inclusive), por ser nostálgico de uma época que se luta em voltar (afinal, a música católica já teve tempos de maior fervor, com mais shows e eventos), por não ter ninguém para assumir (e aqui temos o nosso papo de hoje).

    Hoje, com o streaming, saindo um pouco dos templos, vejo muitos ministérios que tiveram seu auge e hoje quase ninguém ouve falar. Mas o motivo não é só o streaming. Coloquei este termo aqui porque é a “justificativa do momento”. Pessoal, a fila precisa andar, pois você precisa priorizar outras coisas que Deus te confia (família, por exemplo), além da música católica precisar de novos músicos. Quanta gente tem falado que faltam músicos em suas missas? Formar sucessão faz parte da missão. Atualmente, me chamam para tocar em uma ou outra missa que carece de tecladistas. Eu estou nesse time, e levo sempre minha família comigo. Não tenho dias fixos, apenas verifico minha disponibilidade quando sou chamado. E, dentro da minha disponibilidade, vou preenchendo lacunas de músicos que ainda não formaram, em espiritualidade e musicalidade, seus sucessores.


    Uma ótima missão a todos e até o próximo papo!

    Fábio Cirino

    Casado, pai de 2 meninas, tecladista há 30 anos, saxofonista há 24 anos e produtor musical há 20 anos (tendo sido um dos produtores musicais da JMJ 2013). Graduado em Tecnologia da Informação e pós graduado em Trilha Sonora. Está no cenário de evangelização católica há 18 anos com eventos realizados e vários fonogramas produzidos em nível nacional.

    www.fabiocirino.com.br
    contato@fabiocirino.com.br

     
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